Na manhã desta terça-feira, 31, Ijuí recebeu a Caravana da Transparência, uma iniciativa do governo do Estado que visa detalhar a situação das contas públicas, além de debater medidas de enfrentamento a crise. O evento aconteceu no Salão de Atos da Unijuí.

Durante o seu pronunciamento, o governador Ivo Sartori falou que a caminhada, no interior do Estado, tem o dever de expor a verdade. “Sem falso pessimismo e sem falso otimismo, temos que fazer o que é nosso dever como gestores e como Poder Público”. O governador também falou que a crise que o Estado enfrenta é grave e não será resolvida em um só governo.

Conforme o governador, este ano, faltarão R$ 5,4 bilhões nos cofres públicos para equilibrar as receitas com as despesas. Para cumprir todos os compromissos, o governo precisa desembolsar R$ 30,8 bilhões, enquanto a arrecadação prevista é de R$ 25,5 bilhões.

O prefeito de Ijuí e presidente da Amuplam, Fioravante Ballin falou que para enfrentar as dificuldades é necessário encontrar e construir alternativas conjuntamente com a região e o Estado. “Não devemos apenas apresentar as dificuldades sem junto não apresentarmos alternativas”. Ballin solicitou que, assim como a região, o Estado priorize a saúde, educação e segurança.  “Precisamos que o Estado de prioridade a estas áreas, essenciais para a comunidade. Estas áreas não podem esperar.”

Em seu pronunciamento, Ballin também solicitou ao governador que seja assumido um calendário do que o Estado irá assumir em 2016.

Após o ato oficial, foram debatidas ações prioritárias que irão integrar o Plano Plurianual (PPA).

Segundo o governo já estão sendo adotadas medidas para equilibrar as contas do Estado. Com a meta de obter uma economia de R$ 1,073 milhões , estão sendo reduzidas despesas com horas extras, pagamento de diárias, viagens, locações e novos contratos. Reprogramação do Orçamento de 2015, estabelecendo cotas para despesas de custeio. Além da negociação com o Governo Federal do repasse de valores do Fundo de Exportações e do Ministério da previdência e corte de 35% de gastos em cargos de confiança.