Na manhã desta quinta-feira, 21, os vereadores Adalberto de Oliveira Noronha e Andrei Cossetin Sczmanski, integrantes da Comissão Especial para tratar sobre a área da saúde pública em Ijuí, instituída através da Resolução no 1.236, de 24 de novembro de 2017, e alterada pelas Resoluções no 1.238, de 08 de dezembro de 2017, e 1.250, de 26 de março de 2018, estiveram reunidos na sala das Comissões, da Câmara de Vereadores, juntamente com os representantes do Hospital Bom Pastor, Cerest, Assami - Casa Ama, Caps Ad II, Caps Colmeia e Apae.

Na ocasião, o Presidente da Comissão Especial da Saúde, vereador Adalberto Noronha, falou sobre os objetivos da Comissão, as reuniões já realizadas, bem como sobre a necessidade de discutir de forma mais específica questões relacionadas ao sistema único de saúde, com ênfase na saúde mental.

A coordenadora da saúde mental na 17ª CRS, Loureliz Scherer, explicou como funciona a rede de saúde mental, os Caps atuais no município de Ijuí e os Nabs nos municípios pequenos, e sobre as comunidades terapêuticas, que atuam na regulação de leitos, que são 44 leitos para a região, ou seja, para 20 municípios.

A coordenadora também falou sobre como é feito a destinação de cada paciente para os leitos, e o funcionamento em geral desta rede de saúde mental, destacando que nas comunidades terapêuticas a internação é voluntária, e que atualmente não há fila de espera para leitos hospitalares.

O Vereador Andrei Cossetin Sczmanski questionou a coordenadora da saúde mental na 17ª CRS, Loureliz Scherer, se há dados sobre os pacientes que conseguem se recuperar, a tempo, e ela afirmou que pode fazer um levantamento, mas que são poucos pacientes que conseguem se recuperar, especialmente os usuários de álcool e drogas.

Adriana Van Der Sand, do Caps II, falou sobre a importância da qualidade de vida do paciente para que este não retorne às drogas, e que muitas vezes as internações acabam sendo uma solução para um problema social.

Os presentes debateram ainda sobre a necessidade de um local onde os pacientes pudessem ficar durante a noite, tendo em vista que os pacientes usuários de álcool e drogas perdem o vinculo familiar.

Também foi debatido sobre a importância das comunidades terapêuticas, que desenvolvem um trabalho grandioso no vinculo com a família, e para que o paciente possa dar conta de sua sobrevivência pós-internação.

A coordenadora do município, Daiana de Quadros, falou que o Caps II deveria atender apenas casos graves, mas que na prática não é isso que acontece e que atualmente está sendo realizado um treinamento com os agentes de saúde, pois, segundo ela, as depressões leves estão sendo encaminhados para o Caps, e que na realidade estes deveriam ser tratados nas unidades básicas de saúde.

Ainda na reunião foram citados alguns casos de moradores de rua, destacando a necessidade de uma casa de passagem ou ainda um residencial terapêutico.

A diretora executiva do Hospital Bom Pastor, Rosane Schiavo, falou sobre os atendimentos da Saúde Mental no Hospital Bom Pastor, onde destacou que o hospital faz estes atendimentos há muito tempo, e solicitou que haja um aumento de leitos no Bom Pastor, pois, o Hospital atende 17/18 leitos e recebe financeiramente do SUS apenas por 12 leitos.

O Vereador Adalberto Noronha, falou da necessidade de uma nova reunião com a participação dos Secretários de Desenvolvimento Social e da Saúde, e de formação de uma comissão para elaboração de um documento formal com as demandas da rede de saúde mental.

Ficou definido que a próxima reunião será realizada no dia 05 de julho, às 08h.